sábado, 27 de outubro de 2012
Pós Modernidade
Vejo nossa vida, como uma crosta fina de gelo, estamos deslizando, ou seja, fazemos tudo rápido e eficiente, senão o mundo nos engole. Se paramos, caímos na água fria e gelada que nos matará. Então, corremos, não, deslizamos a medida pulsativa da velocidade que nos permite nosso entendimento, mas que não seja lento, se não, é o mundo vazio da crosta de gelo que nos engole. Lembro, que este pensamento não é meu, é de um filósofo americano do século XIX, que me foge o nome. Mas, eu disse que nada inventaria. Por que me culpas?
Não se preocupe, quando terminardes de ler isto, só posso chamar de isto, já não estará acreditando em alguma outra coisa mesmo? Não se preocupe ir muito fundo em nada, lembre-se, você tem um atarefamento insuportável, que quando acordas juras que não conseguirá realizar metade do que tens a fazer. Mas, você tem que fazer. O mundo lhe oprime a isso. Senão, o gelo não aguenta o peso do seu corpo concentrado e, você será engolido pela água gelada e mortal de vida.
O que estou eu querendo dizer com isto? Não sei, talvez seja uma dessas eloquências da madrugada ou da Lua. Que aliás, devo afiançar-lhes, que jamais a vi tão bem refletida como hoje. Imponente, imperial, rubrica esplêndida e não tem as estrelas mortas para criar opaco em seu brilho refletido do Sol. Aliás, o Sol deve ter inveja da Lua. Ninguém olha o Sol, ninguém o admira. Pelo menos, não com a protuberância que tem a Lua, rainha incondicional do Espaço humanístico. A Lua, surrupiadora de brilho alheio, tornou-se majestade de brilho.
O que me pertuba, é o que eu não disse. O que eu sei e contudo, não digo. Não por egoísmo mesquinho. É que talvez, esteja tão cravado em mim, que me reflete. E contudo, não consigo diferenciar no espelho o que quero dizer. É uma sensação absurda, eu sei. Vejo apenas, trabalhos vagos e sem crédito. Como monotonia, pingando…pingando….pingando…É êxtase de cotidiano. É mero acaso de ser.
Vem-me uma sensação absurda, a pós-modernidade ficou preguiçosa. Para tudo, cria-se facilidade. E eu, aqui com a minha dificuldade imensa em falar uma simples coisa. Sim, é simples. Só pode ser simples. Tenho dificuldade em dizer coisas simples. Cria-se coisas para facilitar a vida do pós-moderno, o cartão de crédito, por exemplo, não há mais necessidade de andar com dinheiro. O dinheiro, em papel, ficou obsoleto. Será quando criaram as rodas, também acharam obsoleto o quadrado? Não sei. Preciso engolir o que quero dizer, e não digo, pois não acho água tão límpida que me faça dizer.
Estou cansado, estou tentando extrair do bruto e não consigo. A sua simplicidade me entope a garganta. Vou buscar ar fresco. A pós-modernidade me deixou sem ar, mas vou correndo, senão…
terça-feira, 25 de setembro de 2012
Meus 20 Melhores Filmes de Ficção
Somente para ressaltar, que é uma lista pessoal, portanto é de meu particular gosto e não necessariamente estará preso a qualquer regra ou parâmetros que fogem disso. Segue minha lista de Ficção:
20° Lugar - Os Doze Macacos (Terry Gilliam)
O filme mostra um prisioneiro de um futuro apocalíptico, que aceita a missão de voltar ao passado para tentar decifrar mistério envolvendo vírus mortal que levou morte da maior parte da humanidade. Tomado como louco, no passado, ele tenta provar sua sanidade a uma médica, sua única esperança de mudar o futuro.
Esse filme contém uma pitada de humor negro, que sempre me atrai e alguns paradoxos sobre heroísmo, épocas e situações. É o tipo de filme, que realmente você torce para o personagem.
19° Mad Max 2 - A Caçada Continua (George Miller)
sexta-feira, 18 de maio de 2012
Permita-me
domingo, 18 de março de 2012
A Liberdade de Expressão francesa e a Burca
Neste panorama do mundo moderno, países com senso humanista bem constituídos e desenvolvidos, tende a olhar essas culturas, e com uma boa dose de razão, sendo maléficas e tende a subjuga-las como inferiores ou mesmo sub-desenvolvidas.
No atual arcabouço de miscigenação em nossa sociedade vigente, conflitos de culturas e de religiões, essa última em destaque especial, proporciona choques de diversos interesses.É justamente onde a Liberdade é sempre posta em evidência.
Entra o questionamento onde a Liberdade é permitida e tolerada em nossas sociedades mais Laicas?
Como por exemplo, é o caso francês, que além de ser laica, é também bastante humanista. Até onde o que fazemos ou acreditamos, afeta a liberdade de outros componentes de nossa sociedade?
Proibir ou restringir, com uma lei como é o caso francês, a Liberdade de Expressão, mesmo que a justificativa tenha sido satisfatória para boa parte da sociedade, contrapõe-se a sua base fundamental que constitui o governo francês, a laicidade.
Abre-se um perigoso caminho para que minorias sejam subjugadas e oprimidas em seus diretos fundamentais. Entendo, porém, que a burca como símbolo (um dos da religião islâmica) é usada como forma de coerção dos homens sobre suas mulheres e é visto como um atentado a dignidade da mulher, forma de supressão da liberdade da mulher.
Será que para a sociedade islâmica, com culturas e mitos bem arraigados, não é também um atentado e uma violência à eles, o modo de vida ocidental, principalmente no quesito da mulher?
Acredito que no mundo atual, vivemos uma liberdade sem precedentes e devemos aprender com erros de nosso passado e tentar-nos ser mais tolerante com o diferente, com o desigual, com modos pensamentos distintos e acima de tudo, devemos lutar para que não seja ferida a Liberdade de Expressão e de pensamento. E que nossa sociedade, seja mais racional, humanista e laica, para que todos as crenças sejam preservadas.
domingo, 26 de fevereiro de 2012
Ah, esse meu coração....
É um louco desvairado e descomedido, que bate-me insanamente por qualquer brisa leve de esperança. Qualquer sussuro leve de atenção, já abre descompassadamente um sorriso atônito, uma assombração a minha espécie humana.
Ah, esse meu coração que não aprende.
Joga-se na órbita das ilusões, cai frenéticamente como que sussurrando um alento de desejo. Um desejo tão verdadeiro, que subnutri minha vida como um todo.
Ah, esse meu coração que não aprende.
Induz-se conscientemente para aquela esperança de ser correspondido, mesmo uma atenção leve do que é desejado, já é motivo suficiente para se ensaidecer e enlouquecer seu usuário.
Ah, esse meu coração que não aprende.
Já apanhaste tanto da vida, já sofrestes tantas amarguras e continuas sendo o ingênuo que confia. Não sabes que a vida maltrata os ingênuos e vilipendia-os a qualquer lugar onde a solidão abrasa?
Ah, esse meu coração que não aprende
Não é suficiente ser tão desvairado e tão elouquente em minha cabeça? Poderia ao menos fazer um breve silêncio. Um repouso, uma angústiante solidão de ti, faria-me o mundo ser ao menos, suportável.
Ah, esse meu coração pedinte.
Chora uma atenção alheia que envergonha seu portador. Pede com uma frequência absurda, um novo romance, um novo flerte e nova paixão. Chora descompassadamente, por um amor. Não, não adianta explicar que o amor não existe. Esse meu coração não aprende.
Ah, esse meu coração sofredor.
Sofre alucinadamente, e as vezes teve pouco contato com o objeto do seu desejo. Lá vai ele, soluçando sorrateiramente em mim, por quem jamais lhe deu um motivo para isso.
Qualquer Simplicidade
terça-feira, 21 de fevereiro de 2012
O que me despertou hoje?
Pela minha consciência vão se passando dias, meses, anos, décadas, séculos. Um relógio descontrolado que acelera meu descontrole me despertou ao dia. É um texto na íntegra de um livro intenso que passa por mim e todos os seus volumes é a dor da minha vida inteira. Eu sou um livro estranho, numa língua estranha, publicado por quem não me soube traduzir.
Estou com peso de acordar incógnito! Estou como corda roída, prestes a estourar em ser inteiro. O passado destruiu sua sepultura, uma dor terrível despertou do enterro vivo da qual foi precipitada. O passado acaricia-me com língua enjoativa. Passei a vida inteira vendendo a ilusão que a verdade era meu álibi. Eu criei uma esperança para aliviar uma vida que não foi aliviada. Será que menti uma verdade inventada? Será que fui capaz de salmodear a hipocrisia de ser? É o meu dragão de chamas falsas.
Sei que acordei em uma cela que aprisiona por estar vivo. O horror do espelho fosco de meu espírito saiu dos lençóis comigo, um anjo diabólico entoou seu riso cristalino no meu despertar. Uma melancolia atemporal despertou-me a vida, estou hoje como poço sem profundidade, tão profundo que a noite não pensou em ser.
Há em mim, um cheiro de um livro desesperado, com chinês sem parentes ou sobrevivente de homem-bomba. Estou crepitando-me no amargo amparo desta solidão. Eu conheço bem a vida, estou sempre em perigo de perdê-la, daí provém minha alegria maior. O valor está no risco e eu quero amar para aceitar até a morte.
Sei que estou lutando com a magoa de ser só. Estou com uma vacuidade, como se fosse uma noz vazia que implora para ser partida. São esses dias do segundo mês do ano que me consome com ar gélido que amortiza. É que hoje, eu acordei de um sono alegre com triste fim e, restou-me apenas o desespero trágico dessas horas.
Lembro-me da noite a espreitar, ela de pitada de estrela em estrela, construiu minha solidão. A Lua minguante minguava minha alegria, e minha alegria queria a eternidade nela mesma. E a noite amargurada, criou em mim uma acrimônia de viver. Tenho que tomar cuidado, quanto mais se entra na noite mais a noite entra em mim.
Eu olho espantado o Sol, sua tristeza irradia no concreto das horas deste dia. Escuto seus soluços, com a proximidade das nuvens que parecem terem saídas das trevas. Suas lágrimas respingam minha face. A chuva caindo e minha fisionomia caindo junto, as águas levando todo o resto de alegria que ainda poderia haver em mim.
Minha alegria morreu ao ver nascendo o dia. Tenho a sensação que todos os problemas são insolúveis. A minha vida é a mentira que engoliu a luz do Sol e estou me vendo por dentro do escuro e retive um sentido oculto das horas sagradas, mas todas as horas são sagradas para mim. Temo o medo que tenho dos ecos oriundos dessas horas, porque eu já morri de ter esperança na esperança. A esperança é sempre violenta e cruel.
Sei que jogo palavras sem lastro, pois sou feito disso: retalho de coisas achadas e perdidas. E eu não tenho muito a oferecer, tenho em mim um desastre por dia. Todos os desastres vêm-me cobrar hoje, o despejo insólito numa chuva de desesperança.
sábado, 4 de fevereiro de 2012
Eu, sou eu outro
Sou eu inteiro quando tenho espelhos. Alguma forma da qual dependo e do qual vario, sem formas concretas e somente abstrações infinitas, de espelhos em espelhos. Sou o fundo infinito de alguém desesperado e me alargo na espessura fundura deste irresponsável nós. Minha alma se funde nesta emaranhada rede de sensações absurdas e sinceras. Sim, sinceras. A sinceridade é sempre meu maior álibi quanto estou com este outro, que no caso, quer dizer eu. Eu, sou o outro sincero.
Ah, quanta verdade há nesse outro. Tanta verdade que me cega como humano e, me corta rasgando a bala, a indignação que tanta cristalidade me causa. A verdade é o tipo de coisa que dizemos e desejamos não ver a cusparada que lhe tacamos. Gosto da verdade, para os outros. A mentira é que às vezes me salva, a verdade é quase sempre dolorida. Não gosto de dores que me tire da ilusão de viver uma vida normal e com sentido que faça o mundo girar em sua forma natural. Fugo da verdade, mas sempre sinto os seus perdigotos em minha face. Sempre sou eu quem recebe a cusparada da vida, do outro.
O outro sou eu por inteiro. O outro também é eu. E é, de forma completa e absoluta. Mas, eu renuncio a tudo isto, ao outro, ao eu. Eu não quero ser eu, mas acabo chegando ao outro, que também é eu. O que posso fazer, se o círculo sempre se fecha e não consigo romper o que sempre se fecha? Eu não escapo do eu, sempre que se foge se chega mais perto ao Deus que se transformou para si. Ninguém escapa do seu Deus.
sábado, 28 de janeiro de 2012
O que me despertou hoje?
Fico com a sensação que tudo está perdido e o que for achado, não terá sentido aparente. Estou como um câncer perdido num corpo já morto e não encontra sobrevida aparente. Sou o horror diante de meu espelho selvagem, que me satiriza do meu ego frágil.
Não que eu ache esse sentimento bom, mas tem alguma coisa salúbre nisso tudo, é um tipo de introspecção vital que sei, no fim das cinzas renascerá uma nova fênix. Sairei fortalecido dessa chama que me consome.
quarta-feira, 25 de janeiro de 2012
Minha Alegria está em Cinzas
Eu já não vejo solução possível para nada. O mundo me ficou avesso. Meio obscuro, meio sem graça. Estou com medo. Onde está minha alegria. Quem sequestrou minha vontade de viver? Cadê minha hipocrisia que fazia de mim estável e do qual eu tinha repulsa. Ela era que fazia a vida ser possível. Tenho tudo o que desejei, e não estou feliz. Eu devia estar bem e não estou. Acho que a saciedade fez de mim uma pessoa mais chata ainda. Tudo não passa de cenário escuro e sem vida. Uma estrada orleada por cinzas, meu caminho é um descaminho. O que digo não tem sabor. Cadê minha alegria, quem me sequestrou para fora daqui?
Eu não estou me entendendo e o não-entender me torna vazio, mas cheio de campo verde para ser pastado. Sou aquela ovelha perdida no emaranhado campo verde. Minha hirsuta idéia de felicidade morreu hoje, sinto que não há solução para problema algum e toda tentativa já é frustada no seu nascimento.
Todos não passam de mentirosos impunes! Mentem até mesmo quando falam a verdade, toda a verdade sepultou minha felicidade. Sim, vocês jogaram a última pá de cal na minha alegria. A sinceridade está absorta no emaranhado das palavras mortas. Todo o alfabeto, cada letra segue impune e estou contorcendo de dor. Fui enganado por ser livre, por ser aquela ovelha inocente que confia!
Minha alegria está em cinzas e sinto, que nenhum sentimento será capaz de a reaviver!
sábado, 21 de janeiro de 2012
Alguém me salve de ser eu...
O que tem de tão estranho no mundo? Quão será minha liberdade que me cega para coisas visíveis? Estou perplexo de não entender o que se passa comigo e nem mesmo sei o que sinto. É uma mistela de erros e enganos, se confundindo com sincero desespero humano desumanizado. Uma loucura atordoante que diz o seguinte e de repente, não há o seguinte.
quinta-feira, 19 de janeiro de 2012
Desisti da Felicidade
Sem Entendimento
Não me interessa quanto pensamento há de me vir. Quero-os todos, sem receio. Que escorra sobre mim toda a sua fluidez de espírito. Toda a sua candura, por não haver reflexão que a traduza. Quero assim, sem nexos e sem a mínima concordância verbática.
Boia-se-me a superfície do que não controlo e nem haverá de ter controle. Os meus passos são soltos e o que te falo tem qualquer coisa que não sei explicar, mas, que existe e que faz de mim algo ainda transcendente. É alguma coisa entre o nada e o quase-nada. É aquele instante que está e de repente, haverá partido sem motivos ou explicações. O que estou dizendo? o que quero dizer com essas palavras absurdas? Eu é que não me meto a entender....estou oco de qualquer entender...
Eu sou idiota
Eu sou idiota, e isso é tudo que precisa-se saber de mim. A parte mais insana disso é que não tenho nenhuma vergonha disso. Tenho até um cer...
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Bom, fazer uma lista de melhores é complicado com qualquer coisa, ainda mais no cinema. Por uma solicitação de um amigo querido, Fabrício Ma...
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Permita que eu me entregue ao instante, porque o instante sou eu. Sou urgente. Sou agora. O que fui a um segundo esquanto esparramava lágrim...
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Confesso, hoje fugi daquilo que marca. Talvez seja por medo, talvez por insegurança, o fato é que fugi mais uma vez. Não consegui enfrentá-l...